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meu Facebook Renata Idalgo
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Quem nunca teve problemas de
família que levante a mão? Fez-se silêncio naquele auditório onde um amigo meu,
um conceituado escritor e professor, fez esta pergunta. Nenhuma mão levantada.
Pessoas de todas as religiões ou sem religião reunidas em um espaço ficaram mudas. Todos tinham ou
tiveram problemas de família em algum momento. Ninguém ali por mais cristão que fosse, poderia dizer que
têm a família perfeita. Poderia sim estampar uma falsa aparência de família na
moldura da foto na parede, como as antigas famílias tradicionais faziam, o homem
bem vestido, o pai, com fisionomia firme e austera. A mulher, a mãe, com vestidos longos
e o olhar sério, porém, olhando para baixo, como se estivesse em eterna
reverência e os filhos, as crianças, bem arrumadas e penteadas não podiam rir
na foto.
Vi estas fotos em uma exposição
de famílias do início do século passado. Muita coisa mudou. As pessoas ficaram
mais descontraídas para tirar fotos. Nem sempre precisam estar tão bem
vestidas, mas e os problemas de família? Será que mudaram com o passar dos séculos?
Acredito que não. Eles são os mesmos, apenas a roupagem é nova. Jesus tinha uma
ideia de família que ia além dos laços sanguíneos, quando disse: “Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos?",
perguntou ele. E, estendendo a mão para os discípulos, disse: "Aqui estão
minha mãe e meus irmãos! Pois quem faz a
vontade de meu Pai que está nos céus, este é meu irmão, minha irmã e minha
mãe".( Mateus 12:47 a 50).
Famílias
têm características e histórias diferentes. Algumas sofrem determinado tipo de
conflito com bebida, outras com outros vícios com, outras brigas e intrigas. A
verdade é que não se pode fugir da convivência com pessoas com temperamentos
diferentes que estão ali reunidas para tentarem conviver juntas por longos
anos. Pais, filhos, genros, noras, netos, cunhados, cunhadas, tios, tias, sogros
e sogras formam um elo de convivência sujeito a ruídos, afinal, ninguém ali
será igual a outro, por mais parecido fisicamente que seja.
Há
solução para os conflitos? Sempre há. Seria a oração a saída? Talvez uma delas,
mas não basta orar num ambiente sem diálogo e sem transparência. Esse
esfriamento do amor que Jesus fala na Bíblia refere-se à falta de diálogo na
família. Muitas filhas e filhos ficam com medo de falar certas coisas com as
mães e os pais por puro medo e vergonha. Medo da reação dos pais e de serem logo censurados, repreendidos
ou até mesmo castigados. Quantas esposas deixam de falar para seus maridos o
que estão sentindo e revelar suas carências. Lembre-se: A solidão a dois é a
pior possível.
Vamos
neste mês da família pensar no amor como uma forma de diálogo, onde você possa
falar abertamente o que está sentindo e ser ouvido. O amor supera tudo. O amor
encobre imperfeições. Ao falar de família, não tem como não falar de amor,
porque o amor é o único sentimento capaz de resolver conflitos dentro de casa.
O amor, na sua simplicidade e transparência, pode salvar a família. O amor de
Jesus dentro de nós é capaz de reavivar e transformar vidas.
Exercite
esse amor na prática. Ame e abençoe seus filhos, sua esposa ou esposo, sua
família em geral. Ceda para conquistar. Ouça antes de tomar qualquer atitude. Ás
vezes a pessoa não quer um sermão ou uma
lição de moral, muitas vezes ela quer apenas um abraço e uma palavra dizendo: “Eu
te amo e estarei com você sempre, pronto
a te ajudar. Ou o que eu posso fazer pra melhorar a minha convivência com você?
“
Famílias
são bênçãos de Deus e precisam ser abençoadas diariamente.
Shalom!